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Pesquisa Anual da Indústria da Construção - PAIC

Pesquisa Anual da Indústria da Construção - Novos dados para 2022 e atualização de dados para 2020 e 2021

Histórico da pesquisa

A Indústria da Construção nos levantamentos censitários

Os levantamentos censitários sobre a Indústria da Construção foram realizados em 1940,1950, 1960, 1975, 1980 e 1985. Em 1970, não houve levantamento de informações. Foi realizado um Censo Predial.

Nos Censos de 1940 e 1950, a atividade integrava os Censos Industriais, que englobavam, além da Indústria da Construção, a pesquisa e divulgação de informações sobre a Indústria Extrativa, a Indústria de Transformação e a Indústria de Produção e distribuição de energia elétrica. No caso da Indústria da Construção, foram pesquisados 1.243 e 3.015 estabelecimentos, respectivamente.

No Censo de 1960, a atividade foi pesquisada em separado, como Inquérito Especial, tratamento que vai perdurar até o último Censo Econômico, realizado em 1985. Os dados de 1960 foram disponibilizados, mas não divulgados.

No Censo de 1975, foram levantadas informações de 6.447 empresas que exerciam atividade de Construção, por conta própria ou de terceiros. Informações relativas aos departamentos ou divisões de obras de empresas ou entidades com atividade principal diferente da construção não foram divulgadas. Quanto às atividades de construção, foram cobertas: construção de prédios e edifícios, inclusive montagem de pré-fabricados; construção de obras viárias; construção de grandes estruturas e obras de arte; execução de outros tipos de obras; serviços de construção com ou sem fornecimento de material; execução de obras e serviços não especificados. Não foram investigadas as empresas cuja atividade principal tenha sido a execução de serviços de escritório, de laboratório e de campo, tais como consultoria, mapeamento, cálculos e projetos, prospeção geológica, fiscalização de obras e outras, consideradas atividades de serviços. Não se incluiu, também, a comercialização de imóveis, considerada como atividade comercial.

No Censo da Construção de 1980, foram pesquisadas 11.824 empresas que exerciam a atividade de construção e de incorporação quando associada a construção e mais os departamentos de construção - com mais de dez pessoas ocupadas que executaram obras no ano de 1980, pertencentes às empresas industriais, comerciais, de serviços, de produção e distribuição de energia elétrica e de transportes. Quanto à comercialização de imóveis, assim como em 1975, ficou no âmbito do Censo Comercial.

Em 1985, foram pesquisadas 13.388 empresas que executaram atividades consideradas de Construção. Foram incluídas a incorporação de imóveis e loteamentos mesmo quando não associados à construção, compreendendo edificações comerciais e de serviços, residenciais e loteamentos, classificadas em serviços no Censo da Construção de 1980 e, ainda, os serviços de calafate e os de reparação e manutenção de instalações elétricas, de gás e de água. Adicionalmente, os dados relativos aos departamentos de construção foram levantados e divulgados.

Do total de 13.388 empresas pesquisadas em 1985, 7.060 tinham mais de CR$ 245 milhões de receita bruta no ano, sendo objeto de levantamento mais detalhado de informações e compuseram o cadastro de empresas da Pesquisa Anual da Indústria da Construção da primeira metade dos anos 90.

As mudanças de classificação ocorreram, ao longo dos levantamentos censitários, de forma a incorporar o desenvolvimento da atividade e por adequação às normas internacionais, sendo aspecto a ser considerado na definição e análise de séries retrospectivas.

Pesquisa Anual da Indústria da Construção
1990-1995

A série da PAIC teve início em 1990, tendo como cadastro de seleção os Censos Econômicos de 1985 e, como âmbito, as empresas de construção, incorporação de imóveis e/ou loteamentos, quando estas atividades se associavam a de construção, e empresas de incorporações de imóveis e/ou loteamentos, quando não associadas à construção, desde que tivessem realizado obras e/ou serviços da construção, estivessem em operação no Censo da Construção de 1985 e fossem registradas no Cadastro Geral de Contribuintes – CGC com receita bruta superior a CR$ 245 milhões em 1985. As empresas foram selecionadas de modo a cobrir, no mínimo, 80% do valor bruto da produção, entendido como o valor das obras e/ou serviços mais receitas suplementares, excluídos os custos dos terrenos no cruzamento de Unidades da Federação e subgrupos da classificação da construção adotada no Censo de 1985, o que totalizou 2.504 empresas.

Em relação às 2.504 empresas, elas representaram o corte de 80% do VBP sobre as 7.060 que apresentaram receita bruta superior a CR$ 245 milhões, em 1985. A classificação de atividades utilizada na Paic é a mesma adotada no Censo da Construção de 1985 que apresenta grande grupo, grupo e subgrupos da classificação, que possui a seguinte forma:

Obras
- Edificações
- Obras Viárias
- Grandes Estruturas e Obras de Arte
- Montagens Industriais
- Obras de Urbanização e Paisagismo
- Obras de Outros tipos
Serviços da Construção
- Construção de Etapas Específicas de Obras
- Serviços Diversos
- Outros Serviços
1996-2001 - CNAE

Em 1996, inicia-se um Programa de Modernização das Estatísticas Econômicas. Os Censos Econômicos quinquenais deixaram de ser realizados desde 1990, aumentando a importância das pesquisas anuais. No lugar de ter os Censos como referência, as pesquisas anuais passam e a se apoiar num cadastro atualizado, o Cadastro Central de Empresas do IBGE – CEMPRE e a adotar a nova Classificação de Atividades Econômicas – CNAE. As duas primeiras pesquisas a serem alteradas foram a Pesquisa Industrial Anual e a Pesquisa Anual do Comércio. Neste mesmo ano, a Pesquisa Anual da Indústria da Construção sofreu uma primeira mudança, tendo seu painel atualizado e passando a investigar o conjunto de empresas de construção com 40 ou mais pessoas ocupadas selecionadas do CEMPRE, que permanece até 2001, quando a pesquisa investiga cerca de 6.000 empresas.

2002-2007 - CNAE 1.0

No período de 2002 a 2007, consolidou-se a mudança metodológica da PAIC. A partir desse ano, a investigação é feita por amostragem probabilística, com o desenho amostral da pesquisa sendo semelhante ao das demais pesquisas econômicas anuais, no sentido da empresa ser a unidade de seleção, diferenciar os estratos de seleção em função da concentração da atividade produtiva nos segmentos de maior porte e referenciar a um cadastro básico de seleção, extraído do Cadastro Central de Empresas do IBGE – Cempre, onde é definida a população alvo da pesquisa – no caso, o conjunto de empresas de construção. No estrato certo da amostra, foram incluídas todas as empresas de construção com 30 ou mais pessoas ocupadas. As demais empresas, de 1 a 29 pessoas ocupadas, numericamente majoritárias, são objeto de seleção amostral. Com este procedimento, viabiliza-se a produção sistemática de informações sobre o conjunto da atividade, a um custo menor e em tempo mais ágil. É importante enfatizar que a Paic abrange o universo das empresas de construção, inclusive as que apresentam menos de 5 pessoas ocupadas (no caso da Pesquisa Industrial Anual – Empresa, o âmbito é o universo das empresas com 5 ou mais pessoas ocupadas). O conjunto de variáveis pesquisadas também foi ampliado visando atender, sobretudo, às necessidades do Sistema de Contas Nacionais. No ano de 2002 foi introduzido a Prodlist com 54 produtos da Construção. No ano de 2007, divulgou-se os dados nas versões da CNAE 1.0 e 2.0.

A partir de 2007 - CNAE 2.0

A partir do ano de 2008, apresentando também resultados retroativos a 2007, com o objetivo de manter a comparabilidade internacional, bem como de dotar o País com uma classificação de atividade econômica atualizadas com as mudanças no sistema produtivo das empresas, passou a vigorar a versão 2.0 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), que substitui a estrutura usada anteriormente.

Em relação à PAIC, a versão 2.0 da CNAE apresenta um maior nível de desagregação das atividades econômicas do que a anterior, e na medida do possível, a estrutura da classificação não se alterou nas categorias que não necessitavam de modificações. As principais mudanças são listadas a seguir: na seção F (Construção), a estrutura prévia – com uma única divisão, 45, organizada em grande parte com base nos estágios do processo de construção - foi alterada para três divisões, 41, 42 e 43, agrupando as atividades da construção de edifícios, de obras de infra-estrutura e dos serviços especializados de construção, respectivamente. A atividade de incorporação de empreendimentos imobiliários, que na versão 1.0 estava no âmbito de serviços imobiliários, passa, na CNAE 2.0, para a seção F (Construção). No âmbito interno da seção, as atividades de aluguel de equipamentos de construção e demolição com operador, que na CNAE 1.0 constituíam uma categoria definida no nível de grupo (45.6), passam, na versão 2.0, a ser tratadas junto à atividade de construção onde o uso do equipamento é preponderante. No quadro abaixo, seguem as principais mudanças:

Níveis Número de categorias Acréscimo
CNAE 1.0 CNAE 2.0
Seções 1 1 0
Divisões 1 3 2
Grupos 6 9 3
Classes 16 16 5
Fonte: IBGE