Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Pesquisa Mensal de Emprego

Motivação para a revisão da pesquisa

O IBGE, como principal órgão produtor de informações e estatísticas públicas de natureza econômica, social e demográfica no País, procura, permanentemente, atualizar seu programa e processo de trabalho, considerando os avanços recentes nos procedimentos metodológicos e tecnológicos para a produção de estatísticas, com vistas à melhoria de qualidade e à redução de prazos. Para tal, adota metodologias e tecnologias para seu programa de levantamentos e pesquisas valendo-se da sua própria experiência adquirida ao longo dos anos e da absorção de experiências internacionais acumuladas por órgãos de estatística de reconhecida competência, bem como de recomendações metodológicas de organismos internacionais, visando produzir informações relevantes e atuais para a compreensão da realidade brasileira e para subsidiar a formulação e monitoramento de políticas públicas. Para a formulação de suas pesquisas, o IBGE mantém um canal de comunicação com usuários públicos e privados.

A Pesquisa Mensal de Emprego - PME vem fornecendo indicadores para avaliação conjuntural do mercado de trabalho a partir de 1980. Porém, desde 1982 o conteúdo da investigação da PME não havia passado por um processo de revisão. A abertura comercial, a internacionalização e integração macroregional dos mercados e a globalização do capital, assim como as inovações tecnológicas, provocaram profundas mudanças na estrutura produtiva e, em conseqüência, na alocação da força de trabalho e nas relações de trabalho. Por outro lado, nesse período, a Organização Internacional do Trabalho - OIT fez novas recomendações para a investigação da força de trabalho. Esses fatores levaram o IBGE a realizar uma revisão da PME em todos os seus aspectos, metodológicos e processuais, para que a investigação se ajustasse à realidade atual e continuasse produzindo indicadores para a análise conjuntural do mercado de trabalho metropolitano, tendo sempre presente a comparabilidade internacional.

No processo de revisão da PME, o IBGE conjugou os resultados das reflexões internas decorrentes de um processo contínuo de reflexão sobre as informações produzidas, às conclusões de um Grupo de Trabalho coordenado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (1 e 2), para avaliação das pesquisas conjunturais de emprego e desemprego conduzidas no Brasil e às demandas de usuários da pesquisa. Durante todo o desenvolvimento do trabalho, o IBGE contou com a assistência técnica da Organização Internacional do Trabalho, através de Ralf Husssmanns.

A revisão da Pesquisa Mensal de Emprego visa possibilitar a captação mais abrangente das características de trabalho e das formas de inserção da força de trabalho no sistema produtivo, fornecendo, portanto, mais informações para o estudo do mercado de trabalho e para a formulação e acompanhamento de políticas públicas.

Em síntese, os principais objetivos da revisão da PME foram:

1 – implementação de algumas mudanças conceituais no tema trabalho, seguindo as recomendações internacionais;

2 – ampliação da investigação para se ter melhor conhecimento da população economicamente ativa e da população disponível para o mercado de trabalho;

3 – ajustamento no processo de rotação da amostra para dar mais condições de acompanhamento longitudinal dos resultados;

4 – melhor operacionalização dos quesitos para captação das informações de forma a aprimorar a mensuração dos fenômenos;

5 – introdução do uso do coletor eletrônico para a realização das operações de coleta visando aprimorar o sistema operacional da pesquisa e agilizar a apuração dos resultados.

Objetivo da Pesquisa

A Pesquisa Mensal de Emprego – PME, tem como objetivo produzir indicadores mensais sobre a força de trabalho que permitam avaliar as flutuações e a tendência, a médio e a longo prazos, do mercado de trabalho, nas suas áreas de abrangência. É um levantamento domiciliar utilizado para dar indicativo ágil dos efeitos da conjuntura econômica sobre o mercado de trabalho, além de atender outras necessidades importantes para o planejamento socioeconômico do País. Atualmente a PME abrange as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre (3) .

Os resultados são construídos para cada uma das regiões metropolitanas abrangidas pela PME e para o conjunto das seis regiões pesquisadas desde 1980.

Âmbito da Pesquisa

A PME é uma pesquisa domiciliar, de periodicidade mensal, que investiga características da população residente na área urbana das regiões metropolitanas de abrangência, com vistas à medição das relações entre o mercado de trabalho e a força de trabalho associadas a outros aspectos socioeconômicos, incluindo todas as atividades econômicas e todos os segmentos ocupacionais. Logo, o tema básico da PME é o trabalho, constando na pesquisa algumas características demográficas e educacionais com o objetivo de possibilitar melhor entendimento da força de trabalho

A PME é realizada por meio de uma amostra probabilística de domicílios, planejada de forma a garantir a representatividade dos resultados para os níveis geográficos em que a pesquisa é produzida. Para todos os moradores das unidades domiciliares selecionadas para a amostra são obtidas informações sócio-demográficas e, para os de 10 anos ou mais de idade, informações sobre educação e trabalho.

Unidade de Investigação

A PME adota a pessoa, moradora na unidade domiciliar selecionada, como unidade estatística de investigação.

Para caracterizar a unidade domiciliar e as pessoas que são objeto da pesquisa são adotadas as seguintes definições:

Domicílio – é o local estruturalmente separado e independente que se destina a servir de habitação a uma ou mais pessoas, ou que esteja sendo utilizado como tal.

A separação fica caracterizada quando o local de habitação é limitado por paredes, muros, cercas, etc., coberto por um teto, e permite que seus moradores se isolem das demais pessoas da comunidade, arcando com parte ou todas as suas despesas de alimentação ou moradia.

A independência fica caracterizada quando o local de habitação tem acesso direto que permite aos seus moradores entrar e sair do seu local de habitação sem passar por local de moradia de outras pessoas.

Os domicílios são classificados em particulares ou coletivos. Os particulares são moradias onde o relacionamento é ditado por laços de parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência. Os coletivos são moradias onde prevalece o cumprimento de normas administrativas.

Unidade Domiciliar – É o domicílio particular ou a unidade de habitação em domicílio coletivo.

Morador – é a pessoa que tem a unidade domiciliar (domicílio particular ou unidade de habitação em domicílio coletivo) como local de residência habitual na data da entrevista.

Pessoas abrangidas pela pesquisa - a PME investiga a população residente, excluindo:

a) as pessoas moradoras em embaixadas, consulados ou legações;

b) as pessoas institucionalizadas moradoras em domicílios coletivos de estabelecimentos institucionais, tais como: os militares em casernas ou dependências de instalações militares; os presos em penitenciárias, reformatórios, etc.; os internos em escolas, hospitais, asilos, orfanatos, etc.; e os religiosos em conventos, mosteiros, etc.

Notas:

(1) Em meados de 1996, o Ministério do Trabalho e Emprego, preocupado em unificar as pesquisas conjunturais sobre a força de trabalho no Brasil e racionalizar a utilização dos recursos, evitando duplicação de esforços em algumas áreas enquanto havia falta de informações em outras, organizou e coordenou um grupo de especialistas no tema visando definir um núcleo básico para estas pesquisas e o conjunto mínimo de indicadores necessário para o acompanhamento e análise do mercado de trabalho. Embora tenha sido um período de ampla discussão técnica, que contou com especialistas de órgãos produtores de estatísticas e de acadêmicos, além da discussão com especialistas de outros países, o objetivo de unificação não foi alcançado

(2) As diretrizes resultantes deste trabalho foram consolidadas, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, no documento : “Diretrizes e Definições visando a resolução das pendências técnicas para as próximas atividades do Grupo Técnico, tendo em vista a elaboração da nova pesquisa domiciliar contínua sobre emprego e desemprego”, mimeo, Brasília, outubro de 1998.

(3) A PME vem sendo realizada desde 1999 na Região Metropolitana de Curitiba, por meio de convênio com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Social – IPARDES. O processo de revisão será implantado, também, nessa área.

PME - Tabelas

População em idade ativa - PIA
População Economicamente Ativa - PEA
População Ocupada - PO
NúmeroNomePeríodoTerritório
2050Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência por sexomarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2053Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, em relação ao total de pessoas em idade ativamarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2054Taxa de ocupação na semana de referência, das pessoas de 10 anos ou mais de idademarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2050Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência por sexomarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2051Pessoas ocupadas na semana de referência por grupos de idademarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2052Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência por anos de estudomarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2055Pessoas de 10 anos ou mais de idade, empregadas no trabalho principal da semana de referência, total e em relação ao total de pessoas ocupadas na semana de referênciamarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2056Pessoas de 10 anos ou mais de idade, total e em relação ao total de pessoas ocupadas na semana de referência por posição na ocupação no trabalho principal na semana de referênciamarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2057Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, total e em relação ao total de pessoas ocupadas na semana de referência por setor de atividade no trabalho principal na semana de referênciamarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2166Média e mediana das horas trabalhadas por semana, em todos os trabalhos, pelas pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referênciamarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2166Média e mediana das horas trabalhadas por semana, em todos os trabalhos, pelas pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referênciamarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2156Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência (exclusive trabalhadores domésticos e empregados no setor público), por grupos de pessoas no empreendimentomarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2157Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência por tempo de permanência no trabalho principalmarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2160Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, que procuraram outro trabalho no período de referência de 30 dias e estavam disponíveis para assumir outro trabalho, total e em relação ao total de pessoas ocupadas na semana de referênciamarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2161Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, contribuintes de instituto de previdência em qualquer trabalhomarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2165Pessoas de 10 anos ou mais de idade, empregadas com contrato de trabalho, em relação ao total de empregados no trabalho principal da semana de referênciamarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2158Pessoas de 10 anos ou mais de idade, subocupadas por insuficiência de horas efetivamente trabalhadas na semana de referência, em todos os trabalhos, total e em relação ao total de pessoas ocupadas na semana de referênciamarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2159Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento mensal por horas semanais habituais inferior ao salário mínimo por 40 horas semanais, total e em relação ao total de pessoas ocupadas na semana de referênciamarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
População Desocupada - PD
NúmeroNomePeríodoTerritório
2168Pessoas de 10 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de referência por sexomarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2180Pessoas de 10 anos ou mais de idade, que saíram do último trabalho no período de referência de 365 diasmarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2173Pessoas de 10 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de referência, em relação ao total de pessoas em idade ativamarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2168Pessoas de 10 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de referência por sexomarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2169Pessoas desocupadas na semana de referência por grupos de idademarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2170Pessoas de 10 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de referência por anos de estudomarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2171Pessoas de 10 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de referênciamarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2171Pessoas de 10 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de referênciamarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2175Pessoas de 10 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de referência, em relação ao total de pessoas desocupadas na semana de referência por tempo de procura de trabalhomarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2176Taxa de desocupação na semana de referência, das pessoas de 10 anos ou mais de idade por sexomarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2176Taxa de desocupação na semana de referência, das pessoas de 10 anos ou mais de idade por sexomarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2177Taxa de desocupação na semana de referência por grupos de idademarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2178Taxa de desocupação na semana de referência, das pessoas de 10 anos ou mais de idade por anos de estudomarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2179Taxa de desocupação na semana de referência, das pessoas de 10 anos ou mais de idademarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
2276Taxa de desocupação na semana de referência, das pessoas de 10 anos ou mais de idade por grupamento de atividade no trabalho principalmarço 2002 a fevereiro 2016RM, TA
População não Economicamente Ativa - PNEA
Rendimento Real Habitual do Trabalho Principal
Rendimento Nominal Habitual do Trabalho Principal
Rendimento Real Efetivamente Recebido no Trabalho Principal
Rendimento Real Efetivamente Recebido no Trabalho Principal
Rendimento Nominal Efetivamente Recebido no Trabalho Principal